Uma lista, divulgada recentemente no portal Exame.com, apresenta 10 carreiras nas quais os profissionais podem encontrar maior dificuldade para conquistar seu espaço no mercado.
“Mudanças na economia, excesso de formandos e os avanços tecnológicos” são os três pontos citados pelos especialistas no momento em que declaram quais são as profissões com menor número de vagas no mercado de trabalho atual.
Dentre as carreiras listadas estão: Antropologia, Sociologia, Geografia, História, Pedagogia, Serviço Social, Venda porta a porta, Psicologia, Direito e Jornalismo.
Segundo o texto, “sair da faculdade de jornalismo com o objetivo ‘romântico’ de fazer grandes reportagens para um jornal ou ainda de ser o próximo a ocupar a cadeira de William Bonner na bancada do Jornal Nacional pode levar à frustração muitos jornalistas em início de carreira”.
A pesquisa não deve assustar a nós estudantes. Realmente o jornalismo está passando por uma grande turbulência em nossos dias, a bem dizer não propriamente o jornalismo, mas os veículos onde os jornalistas trabalham. É importante não confundir as duas coisas. O jornalismo em si não morrerá jamais, já a maneira através da qual a informação é transmitida ao público, essa sim pode desaparecer.
É inegável que o advento da internet tornou as coisas mais fáceis para jornalistas e leitores, que tem mais facilidade e opções para encontrar as informações que precisam. Entretanto as mudanças causadas por esse boom midiático ainda não foram totalmente absorvidas pelos veículos de comunicação em geral, afinal, a internet dá furo na televisão todo dia.
O que devemos fazer, para nos destacar no mercado jornalístico, é nos preparar bem, através não só de uma graduação (diploma de jornalismo), mas de outras atividades que deixem nosso currículo mais robusto. Dentre estas atividades sugiro as seguintes:
– Curso de idiomas. Comece com o inglês, que ainda é considerada a língua universal, e depois escolha outra, pode ser o espanhol, italiano, francês e até alemão. Sim, profissionais que dominam idiomas sempre serão bem vistos nas redações. Além disso, pode ser uma forma de você conseguir bons trabalhos extras como tradutor freelancer para outras entidades.
– Cursos de especialização. Existem muitas empresas que oferecem cursos específicos para determinadas áreas de atuação. Fotojornalismo, reportagem para TV e redação criativa são algumas delas. Esses cursos normalmente são ministrados por profissionais graduados e com ampla experiência na área jornalística. Recomendo os cursos oferecidos pelo Portal Imprensa e pelo Portal Comunique-se. Os valores de alguns cursos são um pouco salgados, mas valem muito a pena.
– Palestras. Nossa área tem um grande privilégio: os jornalistas. Sim, os jornalistas, esses seres tidos por alguns como verdadeiros deuses mitológicos, por sua fama e credibilidade, muitas vezes são acessíveis e estão dispostos, em sua maioria, a ajudar a nós focas. Fique informado sobre palestras e eventos nos quais estarão presentes jornalistas de qualquer área e veículo. A experiência que eles têm para nos passar é de grande valia para darmos os passos certos na carreira. Aconselho a curtir nossa página no facebook, pois através dela são divulgados muitos desses eventos. A Tracto divulga uns eventos legais também!
– Livros. Essa é a parte que eu mais gosto. Ler, ler e ler. O jornalismo exige que o profissional tenha um amplo conhecimento em diversas áreas. Uma forma de adquirir esse conhecimento é através da leitura. Não estou dizendo que deve-se ler esse ou aquele livro sobre esse ou aquele tema. Pelo contrário, devemos ler de tudo um pouco. Dessa forma adquirimos um conhecimento variado inclusive em matéria de estilo ortográfico.
Bom, essas são algumas dicas que deixo para os que pretendem se tornar grandes jornalistas. Essa não é uma receita mágica, mas tenho certeza que os que seguirem esses conselhos, dados não por mim, mas por profissionais com grande experiência no mercado, terão muito mais chances do que os que apenas tem um diploma.
Por Emílio Portugal Coutinho.
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Emílio, podemos completar lembrando que precisamos buscar tanto o conhecimento explícito [adquirido por meio de leitura de manuais, livros, revistas, etc] quanto o tácito. Esse último é muito importante. Só é adquirido através da prática, da experiência de vida, da convivência. Precisamos sair da universidade experimentados. Suas dicas, como sempre, relevantes! Um abraço
Obrigado pelo complemento, Epifanio! Sinta-se sempre à vontade para sugerir ou criticar. A Casa dos Focas é totalmente democrática e gosta das intervenções de todos. 😉
Além de entrevistas com jornalistas consagrados, o blog tira dúvidas importantes: como funciona a redação de um jornal? Qual a diferença entre assessoria de imprensa e de comunicação? Como se tornar um bom jornalista? A página do blog no Facebook é constantemente atualizada com dicas de eventos e oportunidades.
Adorei as dicas! Tenho 18 anos e estou no terceiro semestre de jornalismo. Estou totalmente apaixonada pelo curso. Amo ler, escrever, pesquisar, estou realizando curso de inglês e farei espanhol após a conclusão do primeiro curso. Vou me dedicar muitíssimo para ser uma jornalista exemplar. 🙂 Suas dicas foram úteis.
Abraços.
Olá, Emily! Que bom que gostou. O jornalismo realmente é apaixonante. Você está no caminho certo: graduação, idiomas, ler, escrever, pesquisar. Já pensou em escrever uma matéria para a Casa dos Focas? Envie para mim no seguinte e-mail: [email protected]
Nossa adorei essas dicas, com certeza vai me ajudar muito, pois faço jornalismo e estou no 3º semestre só que tenho um pouco de dificuldade pra fazer crônica e escrever tenho alguns erros de português, qual dica você me daria para fazer uma boa crônica e escrever bem. Desde já Obrigada e parabéns pelo site maravilhoso!
Olá, Rafaela! Fico feliz com o seu comentário. Sobre o seu pedido lhe recomendo o texto publicado aqui pelo professor Edgar de Oliveira Barros (http://www.casadosfocas.com.br/18-dicas-para-se-produzir-um-bom-texto-jornalistico/). Até mais! 😉
Gostei muito das dicas! Gostaria de mais algumas, pois tenho apenas 16 anos e estou concluindo o ensino médio, e tenho bastante interesse em fazer jornalismo! Ainda estou entrando no curso de inglês, já sei falar algumas coisas, e espanhol também, pois tenho familiares que moram em países que falam espanhol. Pretendo passar alguns meses fora do país para aperfeiçoar o idioma,mas não sei em que faculdade devo entrar, e se devo terminar o curso antes de ir para fora do país!
É isso, gostaria que me desse algumas dicas de qual faculdade seria melhor e se devo ir apos a formação ou logo quando concluir o ensino médio! Obrigada!
Adorei as dicas! Estou no 2º ano do ensino médio, e pretendo fazer Jornalismo. Sempre tive interesse por essa área, e fiz alguns testes vocacionais e descobri que é realmente o que devo fazer. Me identifico bastante, pois gosto muito de ler, sou apaixonada por História e adoro Português, tenho bastante facilidade em escrever qualquer coisa, me destaco em sala quando o assunto é redação. Espero que consiga realizar meu desejo e obtenha sucesso profissional, por isso irei me dedicar muito. O que me resta é começar a me preparar profissionalmente, como estou a fazer. Se não fosse oportuno, desejaria lhe pedir dicas sobre boas faculdades no RJ e região. Obrigada desde de já!
Olá, Marina! Que bom que está descobrindo sua vocação para o jornalismo logo cedo. Ficamos contentes em poder lhe ajudar nessa escolha. Está no caminho certo, pois leitura, gramática e história podem lhe oferecer bases sólidas para a prática do jornalismo. Acima de tudo seja curiosa e nunca tenha medo de perguntar, o seu sucesso profissional dependerá basicamente da sua preparação. Iremos preparar uma avaliação das faculdades do Rio de Janeiro, obrigado pela dica. Qualquer coisa é só chamar! Até mais! Emílio Coutinho 😉
Olá Emilio, como vai? Suas dicas são ótimas! Estou no terceiro semestre do curso de jornalismo e, confesso, já me encontrei. Embora alguns digam que o mercado de trabalho para a nossa área esteja cada vez mais escasso, acredito que os bons profissionais sempre terão espaço.Daí a importância de acessarmos as mais variadas fontes de conhecimento para agregarmos valor à nossa formação. Como iniciante, às vezes tenho dúvidas sobre o que fazer para “turbinar” esse processo de aprendizado, e suas recomendações foram de grande valia neste momento. Agora que descobri este blog, ficarei sempre atento às postagens. Espero que, daqui a pouco, eu também possa contribuir com uma matéria para a “Casa dos Focas”. Parabéns pela iniciativa! Um abraço. Darlan Araújo.:)
Olá, Darlan! Esse seu depoimento me deixa realmente muito entusiasmado, pois vejo que a Casa dos Focas está produzindo o efeito pela qual ela foi criada, ajudar os estudantes de jornalismo com dicas, prestação de serviço, curiosidades e informações relevantes principalmente para os que estão iniciando esse caminho da comunicação. A Casa dos Focas é aberta para todos os estudantes de jornalismo e recém-formados que queiram escrever sobre o fazer jornalístico. Pense em um tema legal que ainda não foi tratado por aqui e envie a sua sugestão de pauta para nós através do email [email protected]. Podemos discutir uma angulação interessante sobre o tema e você já poderá escrever. Não espere se formar para divulgar os seus textos. Até mais! Emílio Coutinho 😉
Ola Emílio, sou a Manuela falo a partir de Angola. Sou estudante universitária de Jornalismo do 3ºano e amo este curso. Gostei imenso da sua pagina e dicas, acredito que estás a ajudar muitos jovens que sonham em ser grandes profissionais desta área. Eu particularmente ainda tenho preguiça em ler muito, dificuldades em escrever crónica e fraco domínio da língua portuguesa. Emílio, eu quero tornar-me uma grande profissional em jornalismo e que as pessoas admirem e respeitem o meu trabalho. Ajuda-me Emílio. O que faço? Um forte abraço e muitos sucessos.
Olá, Manuela! Me alegrou muito saber que a Casa dos Focas tem leitores assíduos em Angola. Quanto ao seu pedido lhe recomendo: ler muito (deves vencer a preguiça), a leitura é indispensável para qualquer jornalista, pois através dela você ampliará o seu vocabulário, se manterá informada e ainda poderá criar o seu próprio estilo; escrever bastante, pois só com a prática alcançamos a escrita perfeita; ter fontes em diversos ambientes, isso lhe ajudará na hora de apurar uma notícia ou traduzir termos técnicos; acima de tudo ser você mesma e praticar o bom jornalismo com ética, sempre tendo em vista que o que você escreve irá influenciar a vida de centenas ou até milhares de pessoas. Não desista dos seus sonhos! Até mais! Emílio Coutinho
Olá, eu sou estudante do ensino médio e tenho 17 anos, sonhos em cursar jornalismo desde a infância, agora em vésperas do ENEM nunca tive mais duvidas. Eu ainda quero muito o curso, mas tenho varias duvidas sobre os detalhes dele, as cadeiras, as exigências e muitas mais. O mercado de trabalho não ajuda, moro em PE e sei que aqui o mercado é extremamente escaço.
Quero muito uma ajuda, não sei como agir à frente de tantas duvidas e incertezas mesmo que eu queira isso.
Olá, Raquel!
Tudo bem? Se esse é o seu desejo, siga em frente! Nunca desista dos seus sonhos. Obstáculos nós encontraremos em todas as áreas, mas quando amamos o que fazemos, aí sim fica mais fácil superá-los. É normal ter medo do novo, do desconhecido, mas não podemos nos entregar a este medo. Tenha certeza de que é possível desde que você queira. Conte com a nossa ajuda para o que precisar. Até mais! 😉
esta sendo muito legal
Estou deixando este comentário para dizer que gostei bastante do que acebei de ler aqui neste artigo, inclusive já salvei até meu navegador em meus favoritos.
Abraços! Lotep