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‘Se você quer escrever, preste a atenção nos detalhes’, recomenda o jornalista Chico Lang

Carreira, técnicas de apuração e novas mídias. Esses foram os temas abordados na palestra comandada pelo jornalista Chico Lang em evento realizado no último dia 8 de agosto. O encontro, voltado aos estudantes de jornalismo e profissionais da área, foi promovido pela Tracto e realizado na sede da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp).

Jornalista veterano nas mídias impressa e televisiva, atuando no blog que leva seu nome e no programa Mesa Redonda (TV Gazeta), Lang revelou aos presentes como ingressou na profissão. Ele falou dos maiores desafios que passou e das experiências que aprimoraram suas técnicas de apuração e o uso de novas mídias.

A escolha começou na adolescência. Aos 16, já trabalhava no impresso Mundo Esportivo quando o publicitário Washington Olivetto, que também integrava a equipe do jornal, decidiu construir uma agência de publicidade. Lang, ao receber o convite, decidiu continuar no jornalismo. “Preferi me divertir muito e ganhar pouco”, brincou.

Repórter policial

Em 1976, Lang trabalhou como repórter policial no extinto periódico paulista Notícias Populares. O jornalista relatou as dificuldades para se realizar as mais diversas coberturas durante o período da ditadura militar. “Os policiais não deixavam registrar nada para não prejudicar a imagem da corporação. Só restava o Boletim de Ocorrência, mas tinha que escrever mais, era complicado”.

Lang disse que a leitura de autores clássicos como Nelson Rodrigues lhe serviram de inspiração para preencher as lacunas da cobertura policial. Independentemente da editoria, o jornalista recomendou o mesmo aos iniciantes da área. “Se você quer escrever, preste a atenção nos detalhes. Os sentidos são a base do jornalismo”.

Novas mídias

Blogueiro, o cronista esportivo fez relação das novas ferramentas da web com o jornalismo tradicional. Lang avaliou que os recursos tecnológicos são complementares ao ofício e acrescentou que os profissionais da comunicação devem se atualizar constantemente. “Se não houver um novo domínio técnico, teremos um mau uso do jornalismo”.

Sobre as crises que afetam as redações nas últimas décadas, Lang comentou que as mudanças serão positivas. “Apesar de parecer nebuloso, vai mudar para melhor. A sociedade é viva, ela sempre muda. Se vocês [estudantes] gostam do jornalismo, façam pois valer a pena. Eu não me arrependo”, concluiu.

Por Kelly Mantovani.

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Perfil de Kelly Mantovani
Kelly Mantovani
Pisciana, paulistana da gema e amante de bons livros. Estudante do terceiro semestre de Jornalismo na FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), atua como estagiária em Assessoria de Imprensa na Prefeitura de São Paulo e contribui com muito orgulho sugerindo pautas para a Casa dos Focas.

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