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As aventuras de uma assessora de imprensa júnior

Parte 1 – A pauta exclusiva

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

“Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é, ainda vai nos levar além” -, já diria Paulo Leminski. Costumo ser a mesma pessoa no ambiente de trabalho ou batendo papo com amigos. Coloco muita intensidade e grande parte da minha personalidade em tudo que me proponho a fazer. Isso costuma gerar frutos bons e ruins. Acreditem.

Sempre tenho a sensação de que muitas pessoas partilham de sensações ou sentimentos iguais (ou muito parecidos) com os nossos. Pensando nisso, quero abrir uma série de alguns textos, para compartilhar com vocês o meu dia a dia numa agência de Comunicação e Marketing.

No último texto contei um pouco sobre esse tal profissional de conteúdo. Geralmente formado em jornalismo, mas com desenvoltura para escrever os mais variados textos para as mais distintas plataformas. Não, querido. Nem só de jornalismo de redação se vive. O mercado vai te mostrar isso assim que terminar o TCC.

Atendo um cliente de arquitetura cenográfica e estou engatinhando nesse lance de ser assessora de imprensa. Ou seja, nem conheço esse setor, nem essa profissão a fundo. O que possivelmente vai acarretar numa série de dúvidas e questionamentos como, por exemplo: como se faz isso?

Temos uma pequena pincelada na faculdade, mas só na prática, quando trabalhamos com isso que é possível aprender de verdade. Então, não tenho contato com os jornalistas desse meio, tão pouco amizade. Não sei mensurar com exatidão os assuntos que podem ou não ser mais relevantes.

Pensando e resmungando comigo mesma (como costumo fazer), tirando uma dúvida aqui, pedindo uma instrução ali, os releases começaram aparecer e um bom follow eu precisava fazer. Qual é a relevância dessa pauta? Em qual veículo eu devo tentar emplacar? Com que jornalista eu preciso falar?

São muitas dúvidas que surgem no começo e cada matéria é um desafio novo. Todo dia é uma oportunidade de escrever algo novo, criar conteúdo para marcas é uma grande janela de aprendizado. Numa mensagem subliminar você está querendo expor e/ou evidenciar seu produto ou marca, mas isso precisa ser de uma forma sutil e, principalmente, humanizada.

Quando digo humanizada é no sentido de escrever com delicadeza, com sentimento, com verdade. Você está escrevendo para alguém que precisa consumir seu conteúdo e ficar encantado. Emocionado. Curioso. No mínimo, no mínimo, o outro lado precisa se sentir atraído ao ponto de clicar e querer ler. Seja um e-mail marketing, seja uma matéria ou um artigo.

Ainda sou principiante nessa história de emplacar pautas, mas confesso que cada inserção que consigo é motivo de felicidade. Cada matéria que é publicada em algum jornal é motivo de agradecimento. Sempre mando e-mail para agradecer a publicação. Acho que é uma via de mão dupla. O jornalista precisa de um conteúdo, você precisa divulgar o seu, que tal todo mundo se ajudar? Não dói nada e gentileza gera gentileza.

Esses dias cismei que um assunto rendia pauta exclusiva. Tema bom, atraente, funcional e inovador. Acredito no potencial de trabalho dos meus clientes. Acredito na minha disposição em querer evidenciá-los. Abri o mailling de arquitetura e decoração tinha mais de 300 contatos. E agora? Com quem falar? Qual revista pode se interessar? Utilizei duas técnicas básicas: pesquisar a linguagem/temas abordados do veículo + intuição. Um dos dois deve dar certo.

Primeiro selecionei 10 que depois viraram 5 possíveis candidatas. Era sexta-feira, fim de expediente (dia não recomendável para fazer follow up), mas segui minha intuição e liguei. Cerca de dez minutos no telefone com a editora-chefe da revista Casa e Jardim. Desliguei sem confirmação de inserção, mas mesmo assim um sorriso esboçava o canto dos meus lábios.

Se a minha intuição estiver mesmo certa, na semana que vem, eu terei um belo motivo para comemorar.

Será?

Até a próxima, amigos.

Por Regine Luise

Perfil da autora

Regine-Luise

Ama, doa, sonha, dramatiza, sorri, chora e escreve. Não necessariamente nessa ordem. Jornalista, metade escritora, metade poeta. Membro da Academia Popular de Letras do ABC e atualmente professora auxiliar de Comunicação da USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Contato: [email protected]

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