Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado no dia de hoje, 3 de maio, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgou a 20ª edição do ranking mundial da liberdade de imprensa.
No levantamento, que compara o grau de liberdade desfrutado por jornalistas e meios de comunicação em 180 países, a ONG revela uma dupla polarização, amplificada pelo caos informacional: polarização dos meios de comunicação e polarização entre Estados na esfera internacional.
Países onde mais se respeita a liberdade de imprensa
Os três países que se situam no topo do ranking, ou seja, onde a liberdade de imprensa é mais respeitada, estão as seguintes nações nórdicas: Noruega (1º), Dinamarca (2º) e Suécia (3º). O trio continua sendo um modelo democrático onde a liberdade de expressão floresce.
Outros cinco países figuram na parte mais alta do ranking, em “situação boa”, sendo considerados exemplos para os demais. São eles: Estônia (4º), Finlândia (5º), Irlanda (6º), Portugal (7º) e Costa Rica (8º).
Países no qual a liberdade de imprensa não é respeitada
Já entre os países listados como em situação grave, no qual não se respeita a liberdade de imprensa, figuram: o Turcomenistão (177º), o Irã (178º), a Eritreia (179º) e, na última posição, a Coreia do Norte (180º).
Nesta lista vermelha do ranking encontram-se doze países em “situação muito grave”, além dos citados acima. São eles: Bieolorrússia (153º), Azerbaijão (154º), Rússia (155º), Afeganistão (156º), Paquistão (157º), Kuwait (158º), Venezuela (159º), Nicarágua (160º), Laos (161º), Bangladesh (162º), Omã (163º), Djibuti (164º), Honduras (165º), Arábia Saudita (166º), Bahrein (167º), Egito (168º), Iêmen (169º), Palestina (170º), Síria (171º), Iraque (172º), Cuba (173º), Vietnã (174º), China (175º) e Birmânia (176º).
Brasil é listado como país em “situação problemática”
O Brasil está na 110ª colocação, sendo o último dos países listado como em “situação problemática”. Segundo a RSF, “as relações entre o governo e a imprensa se deterioraram significativamente desde a chegada ao poder do presidente Jair Bolsonaro (2018), que ataca regularmente jornalistas e a mídia em seus discursos”.
Além disso, jornalistas e veículos de imprensa “são frequentemente alvos de processos judiciais abusivos por parte de políticos e empresários, que usam sua influência para intimidar a imprensa”. Ao menos 30 jornalistas foram assassinados no Brasil durante a última década.
O que é “Liberdade de Imprensa”?
A Repórteres Sem Fronteiras define a “Liberdade de Imprensa” como “a possibilidade efetiva dos jornalistas, como indivíduos e como coletivos, selecionarem, produzirem e divulgarem informações de interesse geral, independentemente de interferências políticas, econômicas, jurídicas e sociais, e sem ameaça à sua segurança física e mental”.