Na noite da última terça-feira, 12 de fevereiro, foram anunciados os vencedores do Prêmio Livro-Reportagem Amazon. A cerimônia de premiação ocorreu na sede da Amazon em São Paulo e contou com a parceria da Editora Record e do Portal Jornalistas & Cia. O objetivo do prêmio foi estimular jornalistas e estudantes a produzirem e publicarem títulos do gênero através da ferramenta de auto-publicação da Amazon KDP (Kindle Direct Publishing).
A obra vencedora na Categoria Profissional é intitulada ‘Jornal da Tarde: uma ousadia que reinventou a imprensa brasileira’ de autoria do jornalista Ferdinando Casagrande. O livro apresenta a história do ‘JT’, periódico paulista criado no final da década de 1960 e que durou até o ano de 2012. Para produzir sua obra, o jornalista passou três anos colhendo informações através de entrevistas e depoimentos de personagens ligados ao ‘JT’.
Já na Categoria Destaque Universitário, o vencedor foi o título ‘Outra guerra das Malvinas: Os corpos identificados 36 anos após o conflito’, de autoria de Eduardo Gayer, recém-formado em jornalismo pela PUC-SP. A obra narra a batalha das famílias argentinas na identificação de 123 soldados mortos na Guerra das Malvinas e até então enterrados no cemitério de Darwin sob inscrição “soldado argentino solo conocido por Dios”.
Foram inscritos no concurso mais de 160 obras, sendo 84 produzidas por estudantes ou jornalistas recém-formados. Os outros livros finalistas foram ‘Campeões de raça: os heróis negros da Copa de 1958’, de Fábio Mendes; ‘O infiltrado: Um repórter dentro da polícia que mais mata e mais morre no Brasil’, de Raphael Gomide, e ‘O Mário do rádio’, de Tatiana Lanzelotti.
Ressaltando a alta qualidade do conteúdo e a variedade de temas, Talita Taliberti, gerente de Kindle Direct Publishing na Amazon.com.br, manifestou sua alegria em ver que “o Prêmio Livro-Reportagem Amazon foi bem sucedido em estimular jornalistas a publicarem seus trabalhos e contarem suas histórias para nossos leitores. Esperamos que este resultado inspire outros jornalistas e escritores a auto-publicarem seus livros e alcançarem leitores ao redor do mundo”.
Durante o seu discurso, Carlos Andreazza, editor-executivo de não ficção e literatura brasileira da Record, frisou que “em um momento em que o jornalismo está sob ataque, o prêmio ganha um valor simbólico imensurável. A altíssima qualidade dos finalistas prova que não é o Jornalismo que está em crise”. Já para Eduardo Ribeiro, diretor do Jornalistas & Cia “o prêmio é prova viva de que o Jornalismo continua relevante, seja em canais tradicionais, seja na literatura”.
Por Emílio Portugal Coutinho.