As fontes são imprescindíveis para o repórter e para a existência da notícia, mas todo jornalista precisa cultivar a santa paciência para lidar com algumas atitudes “fontídicas”, como estas a seguir:
Rir da pauta
Vontade de cavar um túnel quando a fonte dá risada da pauta sem nem apresentar argumentos.
Dizer que a pauta é velha
Nada mais constrangedor do que fonte que ri depois de dizer que o tema da matéria está super batido. Pior ainda quando tentamos explicar que o assunto é recorrente e a pessoa indica outra pauta “mais interessante” que, de fato, é mesmo. Aí fica a sensação: “onde eu deposito meu diploma?”.
Errar o veículo em que o repórter trabalha
Ok, estamos todos sujeitos ao equívoco, mas errar o nome do jornal em que trabalhamos chega a ser um desrespeito, quando não um constrangimento.
Comentar que não entendeu o objetivo da pauta
Você perde um baita tempo explicando aquela pauta complexa sobre a ligação entre inflação e consumo de itens básicos, com a tabela do IPCA e, após a última frase, a fonte diz que não entendeu a razão pela qual ela deve dar entrevista. Resposta dos sonhos: “Porque sim, Zequinha!”.
Dizer que retorna depois
Não. Exceto amigos e familiares (e olhe lá), ninguém que diz que vai ligar depois realmente liga, então: “Por favor, fonte, eu preciso dessas informações agora porque meu deadline é daqui a uma hora e depois ainda tenho outra matéria para produzir, quebra essa vai?”.
Aceitar dar entrevista e não aparecer (ou atender) na hora marcada
Náusea. Essa é a sensação que dá quando marcamos uma entrevista e a fonte simplesmente não atende a porta ou o telefonema. No mínimo, você faz dez ligações seguidas, mas… A fonte desapareceu. No fundo você prefere achar que ocorreu um imprevisto, sequestro, morte, doença, acidente. Mas não, é só uma fonte tratante mesmo.
Anotar o telefone e não atender quando o número aparece na chamada
O celular toca e quase transmite o desespero do repórter, mas a fonte não quer falar com você hoje, nem amanhã, nem depois. O próximo passo? Ela vai bloquear seu número se continuar insistindo.
Não responder no Whatsapp
Mensagem visualizada ou não, quando você se dá conta de que a fonte não quer responder no aplicativo, bate uma tristeza. “Só queria confirmar uma coisinha, seria tão mais rápido por aqui”.
Passar endereço errado
Uma das piores atitudes de uma fonte é passar endereço errado, seja ou não de propósito. Se for proposital, tomara que o repórter não descubra, por outros meios, o endereço certo, porque ele provavelmente irá até a casa só para perguntar porque a pessoa mudou de ideia sobre a entrevista.
Mentir para participar da matéria
Essa certamente é a pior coisa que uma fonte pode fazer. Inventar fatos para integrar a notícia. Em qualquer veículo de comunicação, se a mentira for divulgada, pode acabar com a carreira do jornalista.
Por Andreza Galiego