Formar-se em jornalismo e, em seguida, conseguir um emprego na área… Creio que seja o sonho de todo aquele que cursa jornalismo. Também foi – e é – o meu. Passei quatro anos em sala de aula, lendo todos os livros possíveis que dessem boa base e me esforçando ao máximo para me destacar dos demais profissionais.
Às vezes penso que é um pouco de presunção imaginar que as coisas serão instantâneas, que o emprego perfeito cairá do céu. Mas no segundo seguinte, a vida mostra que manter a esperança é critério obrigatório para o ser humano – não só para quem é da área de jornalismo. Mandei currículos para diversas vagas, cadastrei-me em sites de variadas empresas jornalísticas. E foi aí que deparei com uma verdade absoluta: somente a graduação não basta.
Em franco desespero, passei a procurar não só o emprego, como também uma especialização ou pós que atendesse ao que quero seguir. E mais uma frustração! São pouquíssimos lugares que possuem cursos focados em jornalismo literário e livro reportagem.
Porém, voltando ao ponto principal, o erro das pessoas está em fazer a graduação e pretensiosamente julgar que já possui aptidão para desempenhar a função jornalística. Ledo engano. A experiência da prática é importante. Mas a bagagem intelectual configura-se em um degrau a mais para quem ingressa no mercado de trabalho.
Não é apenas uma questão de tornar-se mão de obra qualificada. Afinal, a maior parte daqueles que escolhem jornalismo por profissão é pela satisfação pessoal que isso pode vir a dar.
Agora, dois meses após o término da faculdade, estou à caça de um bom curso de especialização ou pós. Sem a continuação dos estudos, tenho ciência de que não atingirei às exigências do mercado e, consequentemente, não será possível realizar-me fazendo aquilo que amo. Uma coisa leva a outra. O novo profissional tem mais é que aprender o jogo. Caso contrário, será carta fora do baralho. Definitivamente.
Por Viviane Cabrera.
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Perfil de Viviane Cabrera
Viviane Cabrera é jornalista recém-formada pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM FAAM), autora do livro reportagem Flores do Asfalto – Histórias de duas favelas paulistanas, e possui um blog literário chamado *Brainstorm*.
Oi, Viviane! Também sou recém-formada e louca atrás de uma pós em Jornalismo Literário, mas além da oferecida pela ABJL não encontro nenhuma outra. Se você tiver alguma novidade, me avisa! Vamos trocando ideias! [email protected]
Abraço!