A jornalista e escritora norte-americana Joan Didion, ícone do jornalismo e da literatura norte-americana, morreu nesta quinta-feira, 23, aos 87 anos, por conta de complicações causadas pelo Mal de Parkinson.
Didion é considerada uma das responsáveis pelo movimento conhecido como ‘New Journalism’ (novo jornalismo), no qual os jornalistas começaram a utilizar elementos literários para escrever suas reportagens factuais.
Joan Didion defendia os princípios do ‘New Jornalism’
Iniciou sua carreira no ano de 1963, produzindo reportagens para as revistas New Yorker, Time e Life. Em 1968 escreveu seu primeiro livro de não-ficção, “Rastejando até Belém”. No total Joan Didion escreveu 15 obras de não-ficção, cinco livros de ficção, seis roteiros cinematográficos e uma peça.
Seguindo os princípios do ‘New Journalism’, Didion defendia que os fatos não deveriam simplesmente ser relatados de maneira fria, mas narrados a partir da subjetividade do próprio jornalista, diferentemente do estilo utilizado por grande parte dos jornais e revistas de todo o mundo.
Documentário “Joan Didion: O centro não é suficiente”
O documentário “Joan Didion: O centro não é suficiente”, dirigido em 2017 pelo sobrinho da jornalista e escritora, está disponível na Netflix. Através de entrevistas com colegas e familiares de Joan Didion, e inclusive utilizando relatos concedidos por ela, é contada a sua história como jornalista, ensaísta e romancista.