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Jornalismo, uma profissão para apaixonados

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O que faz uma pessoa em sã consciência escolher subir morros, desbancar quadrilhas, ir contra tudo e todos –muitas vezes até contra o estado–, trabalhar muito e ganhar pouco, ser visto por uma grande parte das pessoas como manipulador e ainda assim querer muito ser um comunicador? A resposta para essa pergunta é: paixão. Paixão pela verdade, por histórias, por revolução, por pessoas. Tudo isso misturado à inquietação de fazer a diferença, de contar o que ninguém quer que seja contado, de ir onde ninguém teve coragem de ir.

Se você que está lendo é estudante de jornalismo, sabe do que estou falando, agora se você não é, talvez esteja pensando: jornalista dizendo a verdade? Mas eles manipulam as massas dizendo o que é do interesse deles. Acredito que esse texto mostrará o porquê optamos pela área da comunicação e, provavelmente terá outra impressão sobre o jornalismo.

Sabe aquela “coceira” inquietante, a chamada pulga atrás da orelha? Então, todo jornalista tem isso. Não se calar diante das injustiças, questionar a ponto de ser taxado como chato, desconfiar do que parece confiável, também são sintomas fortíssimos. Muitos de nós –estudantes ou profissionais–, participamos de movimentos populares, gostamos de estar nesse meio com olhar atento as mazelas sociais. Porque ao contrário do que se pensa, nossa profissão não é glamorosa nem elitizada. Somos contadores de histórias, não as criamos, portanto devemos contar da maneira o mais verossímil possível. E quando digo “nós” falo até mesmo daquela pessoa que está no primeiro período da faculdade, porque jornalistas já nascem jornalistas.

Outro ponto forte é nossa capacidade de ouvir. Principalmente desprovidos de qualquer preconceito, pois cada ser humano leva consigo suas bagagens e sua visão de mundo. Para retratarmos com verdade é necessário compreender esse mundo de maneira a escrever um texto imparcial (coisa que aprendemos na faculdade ser quase impossível, mas isso é assunto para um outro texto). Um jornalista de verdade presta serviços para o povo e não contra ele, creio que nosso papel seja o de mostrar as coisas como são, cabendo às pessoas traçar suas próprias opiniões.

Eu diria que jornalistas trabalham por amor, é uma devoção fora do comum. Chega a ser engraçado o quanto nos sentimos importantes, não chegamos a ser egocêntricos, apenas especiais. Indo mais além, comunicar é “tesonico”, ainda mais quando se trata de uma investigação que muda todo o curso da história. Mal posso esperar para exercer por amor, por paixão, por tesão, a minha linda carreira. Falei muito em sentimentos, mas devo ressaltar que apesar desse tufão de emoções que nos movem, na hora do trabalho é importante ser racional e não agir passionalmente.

Esses são alguns dos motivos que me tornam jornalista. Concluo com uma frase de Caco Barcellos: “A boa função do jornalista é dar grandeza às histórias dos outros. Descobrir nas pequenas coisas algo edificante”.

Por Laila Souza

Perfil da Autora

Laila Souza

Laila Souza, estudante de jornalismo.Sonhadora nata, amante de filmes e livros, apaixonada por pessoas e suas histórias.Escreve alguns clichês no blog : escrevendocliches.wordpress.com.Além de jornalista quer se aventurar na carreira de escritora.

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