Por volta das 12h (horário local) desta quinta-feira (17), faleceu aos 87 anos o escritor e jornalista colombiano, Gabriel García Márquez. Ele estava internado com pneumonia e infecção respiratória na Cidade do México. Desde 1999 o autor lutava contra um câncer linfático.
Nascido em 6 de março de 1967 em Aracataca (Colômbia), Márquez é considerado um dos mais importantes escritores do século 20, tendo recebido o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Dentre as suas obras mais conhecidas estão “Cem Anos de Solidão” (1967), “Ninguém escreve ao Coronel” (1961) e “Crônica de uma morte anunciada” (1981).
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em seu perfil no Twitter escreveu: “Mil anos de solidão e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos! Solidariedade e condolências à família”.
Em 1991 afirmou que “não teria escrito nenhum dos meus livros se não conhecesse as técnicas do jornalismo, tanto na forma de obter e de elaborar a informação como na forma de utilizá-la no relato”.
No ano de 2009 Gabo, como era carinhosamente chamado, declarou que não escreveria mais livros.
“Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.” (Gabriel García Márquez).
Por Emilio Portugal Coutinho