Nunca podemos esquecer que:
1 – Somos contadores de histórias.
2 – Toda história tem um “quem”, um “quando”, um “como”, um “onde”, um “o que” e um “por que”. Se você não tem respostas para essas perguntas você não tem história.
3 – A pauta é um plano de trabalho, o roteiro do filme que você tem na cabeça. Se você não estiver apaixonado pela sua pauta, sua pauta não é boa.
4 – O texto tem que ter um início cativante, emocionante. Procure começar sempre com o “que”, o “como”, o “quando”, o “por que”, o “onde”. Evite começar com o “quem”, a não ser que esse “quem” seja um nome muitíssimo conhecido. “Jogando assim, o Corinthians vai pra segunda divisão”. A declaração é do professor Edgard durante entrevista… É mais forte que “O professor Edgard diz que jogando assim o Corinthians vai pra segunda divisão”. Com aspas ou sem aspas, tanto faz. Lembre-se que, se o começo do texto não estiver bom, o “resto” dificilmente estará.
5 – Faça frases curtas. Emocione-se para emocionar.
6 – Treinar é o melhor caminho para aprender. Treine. E lembre-se: eu não estou aqui para competir com você; já fiz tudo o que alguém poderia ter feito em jornalismo e só estou aqui para ajudar. Em caso de emergência, aperte o botão vermelho.
Por Professor Edgar de Oliveira Barros
Perfil de Edgar de Oliveira Barros
O professor Edgard de Oliveira Barros está há 40 anos no jornalismo, tendo iniciado sua carreira na redação dos Diários e Emissoras Associadas, a maior cadeia de jornais, emissoras de rádio e de televisão que o Brasil já teve.
É bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie, foi repórter de jornais Associados, tendo trabalhado também nas extintas rádio Difusora e TV Tupi. No meio do caminho teve a Propaganda e Edgard trabalhou na MPM Propaganda, para depois fundar a sua própria empresa de publicidade, através da qual ganhou vários prêmios.
Durante 10 anos foi diretor de redação do extinto Diário Popular. Deixando o Diário Popular começou a dar aulas na FACOM/UniFIAM no ano de 1986.
Criou o jornal Imprensa Livre na cidade de Atibaia, com circulação regional. Semanário, o jornal passou a diário tendo inclusive implantado seu próprio parque gráfico com modernas rotativas. Trabalhava no mínimo 18 horas por dia e todos os dias. Cansou.
E faltou dinheiro. Parou o jornal e voltou a dar aulas, sua paixão, na FIAM. Publicou três livros de crônicas e um livro-manual de Jornalismo dedicado aos alunos da escola: Quem? Quando? Como? Onde? O quê? Por quê?.
Emilio Coutinho, você me comove. Obrigado por tantas lembranças, tantas menções do meu nome, tanto carinho, tanta atenção. Juro que fico até sem graça, mas, vai ver, aí é que está a graça, ficar sem graça por ser citado, ficar sem graça por ser lembrado, ficar sem graça por estar por aí na cabeça de algumas pessoas importantes e dedicadas como você. Eu tenho como base um samba, o samba que Sergio Bittencourt fez que tinha estes versos: “meu samba, para ser um samba certo, vai ter que nascer liberto e morar no assobio, do ocupado e do vadio. Ai que bom se eu ouvisse o meu samba por aí…” Pois é, toda hora o Emilio Coutinho coloca o meu samba por aí. Não é lindo isso? Muito obrigado. Beijão no paisão. Saudade.
Professor! Quem fica sem palavras sou eu, diante de tamanha consideração e respeito que tens por mim. Fico profundamente lisonjeado e feliz em manter o contato com um mestre tão inspirador e experiente. Você sempre esteve no hall dos meus modelos na profissão e um dia quero conseguir escrever tão bem quanto você. Muito obrigado pelo incentivo de sempre e pela amizade que pulou os muros da academia e se mantêm ainda mais firme aqui fora. Sucesso! OBS: A Casa dos Focas continua sendo a sua casa e neste espaço você poderá sempre divulgar seus textos sobre jornalismo que tanto nos ensinam e inspiram. Até mais! Emílio Coutinho