As primeiras experiências com transmissões de rádio no Brasil foram feitas pelo Padre Católico Roberto Landell de Moura, conhecido como o pai dos radialistas e do rádio, nascido em 21 de janeiro de 1861 na cidade de Porto Alegre (RS), desenvolveu as capacidades de transmissão de voz de um ponto a outro em sua pequena oficina na cidade que nasceu.
Seguiu a carreira eclesiástica em Roma no ano de 1886, onde foi ordenado sacerdote. Mas possuía a formação em Física e Química pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em seu retorno ao Brasil, resolveu colocar em prática a sua invenção que foi patenteada tanto aqui como nos Estados Unidos. A primeira transmissão de voz ocorreu no ano de 1899 e foi registrada pelo jornal O Estado de São Paulo. Foi-se colocado um transmissor na Capela de Santa Cruz, localizada no alto do bairro de Santana e um receptor na Avenida Paulista. A sua voz chegou um pouco falha na ocasião, mas no ano seguinte o aparelho foi aperfeiçoado e teve melhor transmissão em sua segunda demonstração, desta vez no Rio de Janeiro. A partir daí este importante meio de comunicação de massa tem passado por muitas mudanças e adaptações às novas realidades.
Em 1950 com a chegada da televisão através de Assis Chateaubriand, muitos especialistas, na época, acreditaram que a transmissão apenas por som teria fim, mas o que aconteceu foi a reinvenção do rádio, as novelas foram para a TV, já as notícias e as músicas ficaram para o AM e o FM, respectivamente.
Com o advento da internet, o rádio teve que mais uma vez que se reinventar. E aproveitou a plataforma digital para aumentar o seu alcance. Exemplo disso são os aplicativos para celulares smartphones nos quais o ouvinte pode acompanhar a programação online, estando até mesmo em outras cidades ou países.
Atualmente, em praticamente toda programação das rádios há a interatividade com o público através das mídias sociais, além do clássico telefone o que continua mantendo essa característica fundamental do rádio, aproximação e interação, que é o feedback imediato.
Por Flavia Oliveira Medeiros.
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