Ontem uma moça, que está concluindo o ensino médio, me chamou no Twitter para falar que “gostaria de cursar jornalismo”, eu avisei “se você gosta, vai na fé! Mas já vai sabendo que até os seus professores tentarão fazer com que você desista da ideia.
“O jornalismo está em crise, vocês nunca viverão o ‘jornalismo gostoso’ que eu vivi. Aquele de sair, garimpar uma notícia, entrevistar, escrever, reescrever, editar e publicar”.
Nos últimos meses eu tenho ouvido muitas coisas ruins (dos meus professores da faculdade) sobre a carreira que decidi seguir. Sobre o curso que decidi cursar. Sobre o caminho que decidi trilhar.
Às vezes me dá uma súbita vontade de repensar os caminhos do futuro, mas eu prefiro manter a esperança de que eu, e os meus colegas de curso, somos a próxima leva de jornalistas que vai reinventar o “modo de fazer” desta deliciosa profissão!
É verdade que hoje em dia qualquer pessoa pode gravar um vídeo pelo celular e mandar para os canais de televisão, mas nem todos têm o talento de avaliar o que poderia ser uma boa notícia que merece destaque.
Mas este texto não é sobre “quem pode virar jornalista”. Este texto é para aqueles que são e que serão jornalistas. Este texto é para você, foca, que todos os dias precisa ignorar os julgamentos de veteranos da profissão que acham que a “era de ouro” do jornalismo já foi. Eles não sabem do que somos capazes! Nós somos a geração da tecnologia e viemos para aperfeiçoar e revolucionar todos os meios de comunicação.
Muitas vezes eu paro para pensar em um jeito de revolucionar o mundo a minha volta e não saio do lugar, ou ACHO que não saio.
A maior prova de que eu revolucionei o MEU mundo é que eu estou escrevendo para a “Casa dos Focas” agora mesmo, portanto, alguma coisa certa eu consegui fazer, imagino.
Eu já vi gente desistir no meio do curso, então eu sei que “somente os fortes sobrevivem”. Na verdade, eu não sei exatamente porque escolhi o jornalismo. Costumo dizer que os ventos do destino mudaram e o jornalismo me escolheu.
Se você sente que é um dos talentos escolhidos para levar esta profissão adiante, então não deixe ninguém interferir nos seus sonhos.
Se os professores tivessem mesmo perdido a fé na profissão não estariam ali formando novos jornalistas.
Adiante, amigos!
Por Mariana Tegon
Perfil da autora
Mariana Tegon, 21 é virginiana e futura jornalista. Escreve textos inspirados na própria vida e os usa como forma de “escapar do mundo”. Apesar de ser feliz, não sabe escrever sobre a felicidade. Acesse o blog Monomania e conheça mais sobre seus trabalhos: www.certamania.wordpress.com